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Diclofenaco injetável: risco de lesões no local da injeção

Área: GGMON

Número: 82016

Ano: 2016

Resumo:

A Gerência de Farmacovigilância relembra as recomendações para o uso seguro do diclofenaco injetável.


Identificação do produto ou caso:

diclofenaco injetável


Problema:

O diclofenaco é um medicamento com propriedades antirreumática, analgésica, anti-inflamatória e antipirética. A necessidade de uso da forma farmacêutica injetável por via intramuscular deve ser avaliada cuidadosamente devido ao risco de lesões no local da injeção.

Para diminuir o risco de lesão, o diclofenaco injetável deve ser administrado somente por injeção intramuscular profunda no glúteo, no quadrante externo superior da nádega. O diclofenaco não deve ser injetado em qualquer outro local.

Vale lembrar também que pacientes com úlcera gástrica, falência hepática, falência renal e insuficiência cardíaca grave não devem utilizar diclofenaco, assim como também não é indicado seu uso por crianças, adolescentes e mulheres grávidas. Quando indicado, o tratamento não deve ser mantido por período superior a dois dias. 


Ação:

A Anvisa relembra que os prescritores devem avaliar cuidadosamente a relação benefício/risco antes de indicarem o uso do diclofenaco intramuscular (IM).

Caso seja escolhida a via intramuscular, os seguintes cuidados devem ser seguidos durante a administração do medicamento para diminuir o risco de ocorrência de lesão com o uso injetável do diclofenaco:

1. As aplicações devem ser realizadas, exclusivamente, por profissionais de saúde;

2. Deve ser realizada higiene rigorosa, com álcool, no local de aplicação da injeção;

3. O diclofenaco intramuscular deve ser administrado somente por injeção IM profunda, no quadrante externo superior da nádega. O diclofenaco não deve ser injetado em qualquer outro local. O número máximo de injeções diárias é duas, uma em cada nádega, com intervalo de algumas horas entre elas, por dois dias;

3. O diclofenaco não deve ser no braço, pois o músculo deltoide tem menos massa muscular e, portanto, mais passível de vaso punção;

5. O diclofenaco não deve ser administrado na região subcutânea devido ao risco aumentado de necrose;

6. Após a introdução da agulha, realizar a aspiração do êmbolo para se certificar que a mesma está posicionada fora da luz vascular. Constatado que não houve punção de nenhum vaso, manter a agulha imóvel durante toda a aplicação. A presença de sangue na seringa ou na agulha exige interrupção imediata da aplicação;

7. Aplicar a injeção de forma lenta;

 9. No caso de dor indevida no local da injeção, a administração deve ser interrompida.

10. Ler a bula do medicamento antes da administração.


Histórico:


Recomendações:

A Anvisa monitora continuamente os medicamentos e solicita aos profissionais de saúde e pacientes que notifiquem os eventos adversos ocorridos com o uso de qualquer medicamento.

A comunicação de suspeitas de eventos adversos pelos pacientes pode ser realizada por meio do Formulário de Notificação de Eventos Adversos para o Cidadão ou ainda pelos canais disponíveis para atendimento ao cidadão:  Central de Atendimento ao Público e Ouvidoria. Para o profissional de saúde, a Anvisa disponibiliza o sistema Notivisa para a realização das notificações de eventos adversos.  


Anexos: